Bem-Vindo!
“O que quer que você faça ou aonde quer que você vá, deixe sua mente permanecer em seu coração."
“O que quer que você faça ou aonde quer que você vá, deixe sua mente permanecer em seu coração."
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
“Sonhe com aquilo que
você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance de fazer aquilo
que quer.
Tenha felicidade bastante
para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la
forte.
Tristeza para fazê-la
humana.
E esperança suficiente
para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que
aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para
aqueles que choram.
Para aqueles que se
machucam.
Para aqueles que buscam e
tentam sempre.
E para aqueles que
reconhecem a importância das pessoas
que passam por suas vidas."
(Clarice Lispector)
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Centenário de Vinícius de Moraes
Medo de Amar
( Vinicius de
Moraes )
O céu está
parado, não conta nenhum segredo,
A estrada está
parada, não leva a nenhum lugar,
A areia do
tempo escorre de entre meus dedos,
Ai que medo de
amar !
O sol põe em
relevo todas as coisas que não pensam,
Entre elas e
eu, que imenso abismo secular...
As pessoas
passam, não ouvem os gritos do meu silêncio,
Ai que medo de
amar !
Uma mulher me
olha, em seu olhar há tanto enlevo,
Tanta promessa
de amor, tanto carinho para dar.
Eu me ponho a
soluçar por dentro, meu rosto está seco,
Ai que medo de
amar !
Dão-me uma
rosa, aspiro fundo em seu recesso,
E parto a
cantar canções, sou um patético jogral.
Mas viver me
dói tanto ! E eu hesito, estremeço...
Ai que medo de
amar !
E assim me
encontro: entro em crepúsculo, entardeço.
Sou como a
última sombra se estendendo sobre o mar...
Ah, amor, meu
tormento ! Como por ti padeço...
Ai que medo de amar !
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
Exercícios de ser criança
(Manoel de Barros)
(Manoel de Barros)
O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA!
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens.
E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens.
E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Manhã de Chuva
Dorothy Jansson Moretti
Falta-lhe o sol, mas o ar é tão puro,
e as árvores mais verdes, mais
altivas.
As flores, mais vibrantes, inesquivas,
desafiam o céu cinzento escuro.
Na sarjeta, a água em ondas agressivas,
arrasta longe tudo o que há de impuro;
e eu, com inveja em meu olhar, procuro
as crianças lá fora, a rir, festivas.
Manhã de chuva mansa... doce imagem!
Lembra-me a infância, a juventude, o
lar,
ingenuidade e café com bolinhos...
Coisas boas que o tempo, de passagem,
apático inclinou-se a transportar
no
esquecimento atroz dos seus caminhos.
sábado, 5 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
“O coração da gente gosta
de atenção.
De cuidados cotidianos.
De mimos repentinos.
De ser alimentado com
iguarias finas,
como a beleza, o riso, o
afeto.
Gosta quando espalhamos
os seus brinquedos no chão
e sentamos com ele para
brincar.
E há momentos em que tudo
o que ele precisa
é que preparemos banhos
de imersão na quietude
para lavarmos, uma a uma,
as partes que lhe doem.
E que o levemos para
revisitar, na memória,
instantes ensolarados de
amor
capazes de ajudá-lo a
mudar a frequência do sentimento.
Há momentos em que tudo o
que precisa
é que reservemos algum
tempo a sós com ele
para desapertá-lo com
toda delicadeza possível.
Coração precisa de
espaço.”
(Ana Jácomo)
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
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