Medo de Amar
( Vinicius de
Moraes )
O céu está
parado, não conta nenhum segredo,
A estrada está
parada, não leva a nenhum lugar,
A areia do
tempo escorre de entre meus dedos,
Ai que medo de
amar !
O sol põe em
relevo todas as coisas que não pensam,
Entre elas e
eu, que imenso abismo secular...
As pessoas
passam, não ouvem os gritos do meu silêncio,
Ai que medo de
amar !
Uma mulher me
olha, em seu olhar há tanto enlevo,
Tanta promessa
de amor, tanto carinho para dar.
Eu me ponho a
soluçar por dentro, meu rosto está seco,
Ai que medo de
amar !
Dão-me uma
rosa, aspiro fundo em seu recesso,
E parto a
cantar canções, sou um patético jogral.
Mas viver me
dói tanto ! E eu hesito, estremeço...
Ai que medo de
amar !
E assim me
encontro: entro em crepúsculo, entardeço.
Sou como a
última sombra se estendendo sobre o mar...
Ah, amor, meu
tormento ! Como por ti padeço...
Ai que medo de amar !
Olá, Estela... por mensagem do Arnaldo (Campo Grande) descobri esse seu blog e gostei muito de conhecê-lo. Claro, passei a ser seu seguidor. Legal a homenagem ao Vinícius. Tenho também um blog onde conto uma porção de histórias. O nome do blog é IPÊ AMARELO. Dê uma olhadinha. O endereço é http://eliasguara.blogspot.com Grande abraço a você e aos primos. ELIAS
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