Bem-Vindo!

“O que quer que você faça ou aonde quer que você vá, deixe sua mente permanecer em seu coração."

Mensagens de Texto





O caminho para superar o luto

Texto do site “A  mente é maravilhosa”

A aceitação é o caminho para superar o luto
A morte faz parte do ciclo da vida, mas nem por isso é um acontecimento fácil de superar. Após a morte de um ente querido ou uma separação de um casal, entre muitas outras situações dolorosas que podem acontecer, você precisa entrar no quarto do luto. No entanto, às vezes ficamos presos dentro desse quarto porque nos esquecemos de que não é possível superar o luto sem aceitação e sem sofrimento. Aceitar é reconhecer essa nova realidade e aprender a viver com ela.
Todo luto exige vontade, compromisso, fé, recursos, etc. Por outro lado, é um período difícil: no primeiro momento negamos o que aconteceu, para depois surgirem outras emoções como a irritação e a raiva.  Então, o nosso mundo “desaba” e sentimos muita tristeza. Os sentimentos de vazio e dor surgem com maior intensidade para finalmente aceitarmos o que aconteceu. Mas durante todas essas fases sofremos muito e, às vezes, esse sofrimento nos leva a ficar estagnados em alguma delas.
Podemos passar uma longa temporada negando que essa perda ocorreu: é muito doloroso encará-la de frente. Talvez seja mais fácil nos irritarmos, culpar os outros ou o mundo pelo que aconteceu. Portanto, ficamos lá, sem nos permitirmos chorar, ficar triste, libertar toda a tristeza que sentimos por dentro.
Não há luto que se cure sem lágrimas, momentos de solidão e tristeza, sentimentos de desesperança e a perda do desejo de seguir em frente.
Não é possível superar o luto sem sofrimento
Pode parecer paradoxal, mas não há cura sem dor. Precisamos nos afundar no poço dos nossos sentimentos, perceber toda raiva e irritação que sentimos, para depois liberarmos toda a tristeza que se instalou no nosso interior. Nesta penúltima fase, quando o desespero aparece, a situação se torna mais crítica devido ao perigo do abandono e da depressão.
A desesperança nos tira o desejo de viver. Nos sentimos vítimas das circunstâncias e inconscientemente buscamos a depressão. Acreditamos que não temos forças para avançar e sair desse poço em que mergulhamos. Um poço que parece não ter saída.
No entanto, tudo é o resultado da nossa perspectiva, ou pelo menos uma boa parte: criamos a realidade que desejamos perceber. De alguma forma, nesses momentos a dor é tão profunda que acreditamos que não há esperança para nós: estamos presos em um quarto escuro e não temos forças para sair.
Podem passar semanas, meses, e esse sentimento nos mantém presos. No entanto, a dor que alimentamos acabará cessando e nos cansaremos dessa situação em que nos envolvemos. Um dia vamos acordar querendo sair desse poço de tristeza, onde estamos afogados nas nossas próprias lágrimas.
Se você se sente sem energia, se o desapontamento e a tristeza se apoderaram de você, o mundo pode tornar-se insuportável. Mas pense nos momentos em que você foi feliz. Era muito bom, não é mesmo? A nossa visão do mundo muda, dependendo de como nos sentimos.
Embora saibamos que não conseguimos superar o luto sem sofrimento e aceitação, na próxima vez que entrarmos no mesmo quarto, provavelmente nos sentiremos tão desajeitados como na primeira vez. Isto acontece porque temos medo de sentir e, quando sentimos, ouvimos uma pequena voz interior que nos diz que essas emoções serão para sempre. É por isso que queremos fugir.
Quando não temos outra escolha senão lidar com a situação, utilizamos certas estratégias para evitar a dor. Então, passamos por todas as fases do luto, cada uma mais dolorosa do que outra. Evitamos a aceitação, mas o que evitamos tanto nos libertará. Aceitar não é esquecer: significa continuar vivendo, buscando novos caminhos e novos sonhos.
O poço, na realidade, é um túnel! Deve ser percorrido, entramos e temos que sair. No entanto, o nosso medo de sentir, de experimentar e aceitar a realidade, a nossa falta de esperança, nos fazem percebê-lo como um poço onde nada tem sentido.
Por essa razão, muitas vezes, com a morte de um parente ou uma separação de um casal, acreditamos que não vamos encontrar a felicidade novamente e seguir em frente. Acreditamos que não haverá mais realizações ou aventuras. Nós nos apegamos tanto a essas pessoas e situações vividas que acreditamos que não poderemos continuar vivendo. No entanto, não é bem assim. Para compreender e superar o luto é preciso abraçar a dor, senti-la e, finalmente, aceitá-la para seguir em frente.




Mulheres, Espiãs de Deus

Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...

As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E, não satisfeitas em ensinar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.

Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhares existem?

Elas conhecem todos...

Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto d’Ele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.

Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora.






Mestres do silêncio

Os grandes seres trabalham em silêncio.
Eles não são ostensivos, mas o brilho de seus olhos revela tanta coisa...
É só amor silencioso!
A nave do tempo passa e a humanidade prossegue sem percebê-los.
Nos bastidores da evolução humana, eles velam sutilmente.
Quem os percebe, mesmo que fugazmente, é tocado por harmonias inspiradas.
Seu som é insonoro! Só é percebido no centro do coração e no brilho dos olhos que amam.
Eles são os bastiões luminosos, alavancando a ascensão das gerações.
Por seu concurso sereno, as ideias e sentimentos sublimes encontram seu fluxo correto.
Eles são os mestres do silêncio e seus olhos brilham em nome do amor...

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges)





Começando a despertar

Texto de Ana Jácomo

"Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que tudo começou a ganhar uma cara que, no fundo, eu já conhecia, mas havia esquecido como era. Comecei a despertar do sono estéril que, com suas mãos feitas de medo e neblina, fez minha alma calar.
E foi então que comecei a ouvir o canto de força e ternura que a vida tem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que ninguém começa a despertar antes do instante em que algo em nós consegue deixar à mostra o truque que o medo faz. Só então a gente começa, devagarinho, para não assustar o medo, a refazer o caminho que nos leva a parir estrelas por dentro e a querer presentear o mundo com o brilho do riso que elas cantam. Só então a gente começa a entender o que é esse sol que mora no coração de todas as coisas. Não importa com que roupa elas se vistam: ele está lá.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a compreender o respeito e a reverência que a experiência humana merece. A me dar conta de delícias que passaram despercebidas durante um sono inteiro. E a lembrar do que estou fazendo aqui. Ainda que eu não faça. Ainda que os vícios que o sono deixou costumem me atrapalhar. Ainda que, de vez em quando, finja continuar dormindo. Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a querer brincar, com uma percepção mais nítida do que é o brinquedo, mas também com um olhar mais puro para o que é o prazer. A ouvir o chamado da minha alma e a querer desenhar uma vida que passe por ele. A assumir a intenção de acordar a cada manhã sabendo para o que estou levantando e comprometida com isso, seja lá o que isso for, porque, definitivamente, cansei de perambular pelos dias sem um compromisso genuíno. E comecei a gritar por liberdade de uma forma que me surpreendeu. Antes eu também gritava, mas o medo sufocava o grito para que eu não me desse conta do quanto estava presa.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.
Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que não importam todos os rabiscos que já fizemos nem todos os papéis amassados na lixeira, porque todo texto bom de ser lido antes foi rascunho. E, por mais belo que seja, é natural que, ao relê-lo, percebamos uma palavra para ser acrescentada, trocada, excluída. A ausência de uma vírgula. A necessidade de um ponto. Uma interrogação que surge de repente. Viver é refazer o próprio texto muitas, incontáveis, vezes.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. O que sei é que não quero aquele sono outra vez."




Primavera

Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.






O Rio e o Oceano

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano,
ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem ! Avance firme e torne-se Oceano!

Osho



O jardim secreto de cada um

Letícia Thompson

Há dentro de todos nós essa necessidade de ter em algum lugar nosso jardim secreto, não onde vamos confinar nossos segredos, mas onde podemos ter um encontro real e exclusivo conosco.
Umas pessoas sentem mais essa necessidade que outras, mas estar consigo de vez em quando, interiorizar-se, colocar ordem nos pensamentos ou simplesmente abandonar-se, é vital ao equilíbrio de todos nós.
Em todo relacionamento onde o amor existe, esse espaço deve ser conservado como o limite de cada um. Os relacionamentos fusionais que ultrapassam essas barreiras acabam por destruir-se, pois amar é também respeitar que a outra pessoa tenha seu recanto, seus pensamentos e, por que não, seus próprios amigos, próprias idéias e sonhos.
As pessoas não precisam estar juntas cem por cento do tempo para provarem que se amam. Elas se amam porque se amam e pronto. Dar ao outro um pouco de espaço, um pouco de ar para respirar, é dar-lhe também a oportunidade de sentir falta de estar junto. E isso vale tanto para os amores como para as amizades.
As cobranças intermináveis, resultados de carências afetivas, acabam por sufocar a outra parte e cria na que pede, espera, implora, ansiedades que a tornarão infeliz, pois ela verá como desamor qualquer gesto que não corresponda ao que espera.
Amar é deixar o outro livre para ficar ou para se retirar. É respeitar seu silêncio e seu desejo de solitude. E é deixá-lo livre para ir e voltar quando o coração pedir, que isso seja numa cidade ou dentro de uma casa. 
Nada impede que um grande e lindo jardim seja construído juntos e que de mãos dadas se passeie por ele, com o peito cheio de felicidade e a cabeça cheia de sonhos... mas ainda assim, o jardim secreto de cada um deve ser mantido como lugar único e que vai, no fim das contas, enriquecer as relações.




O MESTRE DOS MESTRES

Augusto Cury

Que o Mestre dos Mestres lhe ensine que nas falhas e lágrimas se esculpe a sabedoria...

Que o Mestre da Sensibilidade lhe ensine a contemplar as coisas simples
e a navegar nas águas da emoção...

Que o Mestre da Vida lhe ensine a não ter medo de viver
e a superar os momentos mais difíceis da sua história...

Que o Mestre do Amor lhe ensine que a vida é o maior espetáculo no teatro da existência...

Que o Mestre Inesquecível lhe ensine que os fracos julgam e desistem,
enquanto os fortes compreendem e têm esperança...

Não somos perfeitos. Decepções, frustrações e perdas sempre acontecerão...
Mas Deus é o artesão do espírito e da alma humana. Não tenha medo!
Depois da mais longa noite surgirá o mais belo amanhecer.
Espere-o; todos nós passamos por determinadas angústias e ansiedades,
pois algumas das mazelas da vida são imprevisíveis e inevitáveis.

Na escola da existência aprende-se
que se adquire experiência não só com os acertos e as conquistas,
mas com as derrotas, as perdas e o caos emocional e social.
Foi nessa escola tão sinuosa que Jesus se tornou o Mestre dos Mestres.




Sobre estar sozinho

Flávio Gikovate
(médico psicoterapeuta)


Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o  início deste
milênio. As relações afetivas também estão passando por
profundas transformações e  revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos
modernos, na qual exista  individualidade, respeito, alegria
e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência,
em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, 
que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste
início de século. O amor romântico parte da premissa de que
somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade
para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que,
historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas
características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz:
o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante.
Uma ideia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando
o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo
a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual,
as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas,
e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fração,
mas são  inteiras.

O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma
fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um  animal que vai mudando o mundo,
e depois tem  de ir se reciclando,
para se  adaptar ao mundo que abrigou.

Estamos entrando na  era da individualidade,o que não tem
nada a ver com egoísmo. O egoísta não  tem energia própria;
ele  se alimenta da energia
que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A  nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição  e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros,
e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles
que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver  sozinho,
mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa,  ficar sozinho não é  vergonhoso.
Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas,
são muito parecidas com o ficar  sozinho,
ninguém exige nada de  ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas
são coisas do século passado.
Cada cérebro é  único.
Nosso modo de pensar e  agir
não serve de referência para avaliar ninguém. 
Muitas vezes, pensamos  que o outro é nossa alma gêmea e,
na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando,
para estabelecer um diálogo interno e
descobrir sua força pessoal.

Na  solidão, o indivíduo entende que
a harmonia e a paz de espírito
só podem ser encontradas dentro dele mesmo,
e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e
mais compreensivo quanto às diferenças,
respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego,
o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

"A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado."





Caminhada

Às vezes nos sentimos meio perdidos, sozinhos e sentimos a necessidade
de buscar novos caminhos para nossas vidas…

Nessa caminhada, encontramos muitas pedras que lapidadas
transformam-se em uma joia preciosa: a experiência!

Encontraremos pessoas mais novas…
E com elas reaprenderemos a inocência perdida…

Encontraremos pessoas mais idosas…
E com elas aprenderemos a ser maduros…

Aprenderemos que o fogo que queima também esquenta as noites de frio…

Em algum momento nossa caminhada será interrompida e aprenderemos
 que foi apenas uma pausa para o descanso da alma…

Às vezes achamos que perdemos algumas pessoas,
mas depois percebemos que elas é que nos perderam.

Sentiremos medo e solidão, mas encontraremos sempre a mão amiga
daquele que foi crucificado por nós…

E se achamos que a caminhada é longa demais,
temos a garantia do abraço sempre aconchegante daqueles
que também dariam a vida por nós: nossos pais.

Ao final desta grande caminhada que se chama VIDA,
perceberemos que o que realmente importa
são aquelas coisas que podemos carregar dentro de nossos corações.

Portanto, guarde somente os bons sentimentos.

Assim chegaremos com o coração leve e a mala cheia de boas lembranças...




A Palavra


Rubem Braga


Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.

Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.

Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento - e depois esqueci.

Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... Mas o canário não cantava.

Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven - e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?

Alguma coisa que eu disse distraído - talvez palavras de algum poeta antigo - foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo, iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.





AFINIDADE 

Arthur da Távola

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.





A GENTE SE ACOSTUMA

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.





NUNCA PARE DE SONHAR

Richard Bach

Havia no alto de uma montanha três árvores. 
Elas sonhavam com o que iriam ser depois de grandes.
 A primeira, olhando as estrelas disse: eu quero ser o baú mais precioso do mundo e viver cheia de tesouros.
 A segunda, olhando um riacho suspirou: eu quero ser um navio bem grande para transportar reis e rainhas.
 A terceira olhou para o vale e disse: quero crescer e ficar aqui no alto da montanha; quero crescer tanto que as pessoas ao olharem para mim, levantem os olhos e pensem em Deus. 
 Surgiram três lenhadores que, sem saber do sonho das árvores, cortaram as três.
 A primeira árvore acabou se transformando num cocho de animais, coberto de feno. A segunda virou um barco de pesca transportando pessoas e peixes todos os dias. A terceira foi cortada em vigas e deixada num depósito.
 Mas, numa certa noite, com o céu cheio de estrelas, uma jovem mulher colocou o seu bebê recém-nascido naquele cocho. De repente, a árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A segunda, certo dia, transportou um homem que acabou por dormir no barco. E, quando uma tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse PAZ!! E, imediatamente, as águas se acalmaram. E a árvore transformada em barco entendeu que transportava o rei dos céus e da terra.
Tempos mais tarde, numa Sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando as vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. A árvore sentiu-se horrível vendo o sofrimento daquele homem.
 Mas logo entendeu que aquele homem salvou a humanidade e as pessoas logo se lembrariam de Deus ao olharem para a cruz. 
O exemplo das árvores é um sinal de que é preciso sonhar e ter fé. SEMPRE !!! Não importa o tamanho dos sonhos que você tenha. Mesmo que seus sonhos não se realizem exatamente como você desejou, saiba que eles se concretizarão da maneira que Deus entendeu ser a melhor para você.
 "Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente apenas um impulso que a conduz para esta ou aquela direção. Mas o céu sabe os motivos e os desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes."






Como estrelas na Terra

 Redação do Momento Espírita

Os filhos são, sem dúvida, empréstimo Divino.
Deus proporciona o ensejo da paternidade e maternidade para que nos dediquemos a transformar as nossas crianças em pessoas de bem e prepará-los para serem cidadãos do mundo.
Porém, existem pais e mães muito especiais que, na sua caminhada, têm filhos igualmente especiais. Crianças que nascem com alguma limitação, física ou intelectual, e que necessitarão de cuidados por toda a vida.
Com certeza, essa é uma grande e inadiável chance de crescimento espiritual para esses pais.
Temos casos em que os genitores delegam para  instituições especializadas o cuidado integral com filhos portadores de necessidades especiais.
Por outro lado, temos exemplos em que pais e mães, muitas vezes, mesmo sem ter as condições físicas e financeiras adequadas, movem o mundo para oferecer o melhor em termos de tratamentos de saúde e conforto para seus filhos.
Qualquer obstáculo se torna pequeno quando o objetivo é promover o desenvolvimento e o estímulo de suas crianças.
Vibram com cada pequena conquista. Cada sorriso, cada novo movimento aprendido, por menor que seja, é motivo de grande alegria.
Pais maravilhosos e sensíveis que percebem que cada indivíduo tem o seu talento e que enxergam que o potencial de cada um é infinito como o céu. E estão sempre, de alguma forma, preparando-os para o mundo.
Olhemos para essa criança especial, com todo o amor que possamos ter em nossos corações, e tenhamos a certeza de que se ela está no seio da nossa família, em nosso lar, não é por acaso.
Abramos as janelas do coração e olhemos lá dentro para ver como as pequeninas gotas de chuva encontram o sol, formando um arco-íris.
Olhemos para essas crianças como gotas frescas de orvalho repousando nas folhas, presentes do céu, esticando e virando, escorregando e caindo, como pérolas delicadas.
Não deixemos que se percam essas pequenas estrelas na Terra.
Assim como o brilho do sol em um dia de inverno banha o jardim dourado, elas afugentam as trevas dos nossos corações e aquecem o nosso ser.
São como um bom sono onde os sonhos flutuam,  como fonte de cores ou borboletas sobre as flores, doces anjos, mostrando-nos que o amor se basta.
Elas são ondas de esperança, são a aurora dos sonhos e eterna alegria.
Elas são a chama que dispersa o temor, como a fragrância de um pomar que preenche os ares, como um caleidoscópio e suas miríades de cores, como flores crescendo em direção ao sol. Como notas de flauta em uma quieta floresta.
Elas são o sopro de ar fresco, o ritmo e música da vida.
São como a vida que pulsa, como botões destinados a florir.
Sonham acordadas, com os olhos abertos. Perto das nuvens fica seu mundo.
Deixe-as entrar, existem outras assim, sonhando acordadas, pisando, tropeçando, não estão sozinhas.
Só querem ter mil asas para voar, para explorar os vastos ares e então flutuar como um pássaro.
Não deixemos que se percam essas pequenas estrelas na Terra.





A ÚLTIMA PEDRA

Roberto Shinyashiki

Quando olho para trás, percebo que fiz muitas bobagens. Acertei bastante, mas também errei bastante.

Quando olho para diante, tenho certeza de que vou acertar e errar bastante também.

É impossível acertar sempre.
Mas o importante é que não gastemos nosso tempo nem nossa energia nos torturando.
A autocrítica pelo que não deu certo, além de ser nociva para a saúde, faz com que a gente perca os passarinhos que a vida nos oferece de presente.

Um dia destes, um dos meus filhos me perguntou porque eu tomei determinada decisão estúpida tempos atrás. Respondi que me arrependia do que tinha feito, mas expliquei que, naquele momento, minha atitude me parecia lógica. Se eu tivesse o conhecimento e a maturidade de hoje, certamente a decisão seria diferente.

Por isso é que lhe digo: não se torture por algo que não deu certo no passado.
Talvez você tenha escolhido a pessoa errada para casar.
Talvez tenha saído da melhor empresa onde poderia trabalhar.
Talvez tenha mandado uma filha grávida embora de casa.

Não importa o que você fez, não se torture.
Apenas perceba o que é possível fazer para consertar essa situação e faça.
Se você sente culpa, perdoe-se.
E, principalmente, compreenda que agiu assim porque, na ocasião, era o que achava melhor fazer.

Não gaste seu tempo com remorsos nem arrependimentos. Reconheça o erro que cometeu, peça desculpas e continue sua vida.
Aproveite as oportunidades e curta plenamente a vida.
Curta os passarinhos. Eles são os presentes do Universo para você!







Solidariedade

Se já dominas a ti mesmo, ampara aqueles que ainda não conseguem evitar a própria irritação.

Se te sentes com saúde, socorre o doente.

Se estás forte, auxilia aos mais fracos.

Se tens algum dinheiro, faze a doação de alguma parcela ao necessitado que espera a bênção de um pão.

Solidariedade é lei da vida.

Hoje consegues apoiar alguns; amanhã, talvez, precisarás do apoio de todos.

Mensagem Extraída do Livro "A Semente de Mostarda"
Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel.





"Bondade também se aprende"

Cora Coralina

”Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você: não pense. 
Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha.
Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. 
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e  isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. 
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. 
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou? 
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de  mim tudo que é velho e morto, 
pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende."




NADA FICA SEM RESPOSTA...

A vida nos cobra 
tomar decisões constantemente.

Cada escolha 
determina um fato no futuro.

Cada fato, 
uma vivência inadiável.

Cada experiência, 
uma mudança imposta.

Escolher é fácil 
quando nossos sentimentos e ilusões
não estão envolvidos.

Somos livres para escolher nossas ações, 
mas prisioneiros de suas consequências.
Todo momento é decisivo.

Temos que decidir sempre.
Entre o que é bom e o que é mau, 
entre nossas ambições desmedidas 
e nosso bom senso interior.

Por isso é preciso descobrir
se teremos a coragem de ficar do lado de nossa alma
ou se preferimos mentir para nós mesmos.

Mas seja qual for a nossa escolha,
lembremos que "nada fica sem resposta".

Luiz Gasparetto






 Cuidando do corpo

Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a  alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?

Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de
Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do
Evangelho de Mateus.
Em 19.03.2012.




Amigos são estradas

Certos amigos são indispensáveis, simples
como aquela estradinha de terra no interior,
onde do alto da colina podemos avistá-la inteirinha,
sabemos onde podemos ir e onde podemos chegar,
são transparentes e confiáveis.

Outros acabaram de chegar,
como estradas que só conhecemos pelo Guia,
e vamo-nos aventurando sem saber muito bem seus limites,
é um caminho desconhecido,
mas que sempre vale a pena trilhar.

Tem amigos que lembram aquelas estradas vicinais,
que pouco usamos, pouco vemos,
mas sabemos que quando precisarmos, ela estará lá,
poderemos passar e cortar caminho;
mesmo distante, estão sempre em nossa memória.

Por certo, também existem amigos que
lembram aquelas estradas maravilhosas,
com pistas largas e asfalto sempre novo,
mas que enganam o motorista,
pois são cheias de curvas perigosas,
e quando você menos espera...
é traído pela confiança excessiva.

E existem amigos que são como aquelas estradas
que desapareceram, não existem mais,
mas que sempre ligam a nossa emoção até a saudade,
saudade de uma paisagem, um pedaço daquela estrada,
que deixou marcas profundas em nosso coração.
Foram, mas ficaram impregnados em nossa alma.

E na viagem da vida, que pode ser longa ou curta,
amigos são mais do que estradas,
são placas que indicam a direção,
e naqueles momentos em que mais precisamos,
por vezes são o nosso próprio chão.

Paulo Roberto Gaefke

Um comentário:

  1. Olá, tia! Parabéns pela exposição textual. Toda repercussão icônica é acolhedora, posto que o conteúdo da obra é de grande valia e tangencia sempre a probidade crítica. Vou virar fã! Beijos.

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