Manhã de Chuva
Dorothy Jansson Moretti
Falta-lhe o sol, mas o ar é tão puro,
e as árvores mais verdes, mais
altivas.
As flores, mais vibrantes, inesquivas,
desafiam o céu cinzento escuro.
Na sarjeta, a água em ondas agressivas,
arrasta longe tudo o que há de impuro;
e eu, com inveja em meu olhar, procuro
as crianças lá fora, a rir, festivas.
Manhã de chuva mansa... doce imagem!
Lembra-me a infância, a juventude, o
lar,
ingenuidade e café com bolinhos...
Coisas boas que o tempo, de passagem,
apático inclinou-se a transportar
no
esquecimento atroz dos seus caminhos.
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