Lua
de Sangue
Eugênio
de Sá
Rubros
alvores na doce madrugada
De
acobreados tons a lua é vista
Num
eclipse total nos é mostrada
E
essa visão não há quem lhe resista.
Está
próxima da terra e até parece
Agigantar-se
mais no horizonte
E
em todos nós aquela luz aquece
Vendo-a brilhar
ali, mesmo defronte.
Ah
lua dos boémios, dos amantes
Que
guiaste no mar tantos sextantes
E encantas
e inspiras os poetas.
Es
heroína e musa, astro da vida
E
tens, piedosa, em ti sempre guarida
Às
que buscam na noite ser discretas.
Sintra,
8.Outubro.2014
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