Vento de Outono
Dorothy Jansson Moretti
Ao sombrio da tarde eu me
abandono,
e um clima estranho
vem-me dominar.
Eu não sentira que já era
outono,
nem percebera meu verão
passar.
Agora, o vento, em
arrogante entono,
maltrata as folhas
mortas, a tombar,
confundindo-as no chão,
sem lar, sem dono,
órfãs dos ramos nus, a se
agitar.
Também meus sonhos
tombam, lentamente,
aos desenganos que os
batem de frente,
nem mais uma ilusão
resiste, agora.
E o vento torce a haste
enrijecida
da flor despetalada e
ressequida
de uma esperança que
restou... de outrora.
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