“Um bom confidente, às vezes, é apenas
aquele que nos deixa livres
para dizermos tudo o que quisermos
sobre nós,
inclusive bobagens das quais talvez nos
arrependamos
logo depois de dizê-las.
logo depois de dizê-las.
Às vezes, é apenas aquele que interage
com o nosso sentimento da vez,
com o nosso sentimento da vez,
sem estar com a razão toda arrumada
para análises profundas,
tiradas magníficas, sermões eloquentes,
dos quais nem sempre precisamos.
dos quais nem sempre precisamos.
Um bom confidente, essa maravilha rara,
é aquele que aproxima, generosamente,
a vida dele da vida da gente
a vida dele da vida da gente
e, apesar da mágica interação que
acontece com essa proximidade,
consegue manter a distância necessária
para não confundir a sua história com a
nossa.
Há momentos em que a gente só precisa
falar
e se sentir, de verdade, ouvido.
Só isso. Só isso tudo.”
(Ana Jácomo)
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